Resultados da pesquisa por: juliana rojas
Sinfonia da Necrópole: a crônica musical de Juliana Rojas
Dirigido por Juliana Rojas e lançado comercialmente em 2016, Sinfonia da Necrópole agora está disponível no catálogo da Netflix.
A Passagem do Cometa: o aborto no cinema fantástico de Juliana Rojas
É fevereiro de 1986, última vez em que o cometa Halley, que “visita” a Terra a cada 75 anos, pôde ser visto. Numa clínica clandestina de abortos, algumas mulheres estão reunidas.
Crítica: O Duplo, curta nacional de terror dirigido por Juliana Rojas
“Doppelgänger é um monstro ou ser fantástico que tem o dom de se tornar idêntico a alguém que ele passa a acompanhar. Considerado como presságio de má sorte, há quem diga que ele assume o negativo da pessoa, de modo a conduzi-la a fazer coisas cruéis que ela não faria naturalmente.
Boca a Boca: a distopia conservadora brasileira em azul e rosa
Com elenco grandioso, trilha sonora impecável e fotografia estarrecedora, a série brasileira Boca a Boca, de Esmir Filho, é um dos grandes lançamentos originais Netflix de 2020.
Mesmo com Tanta Agonia
Mesmo com Tanta Agonia, curta-metragem de Alice Andrade Drummond, traz uma protagonista mulher, mãe e profissional para tratar das apatias do cotidiano. Leia a crítica!
Mormaço, primeiro longa de Marina Meliande, flerta com o horror no Rio de Janeiro Olímpico
Em Mormaço, Marina Provenzzano interpreta Ana, uma jovem defensora pública que enfrenta a especulação imobiliária do Rio enquanto desenvolve uma doença misteriosa. Leia a crítica!
Conheça A Rã e Deus, curta de Alice Furtado, diretora brasileira selecionada para a Quinzena dos Realizadores do 72º Festival de Cannes
Sem Seu Sangue, primeiro longa-metragem da diretora Alice Furtado, foi selecionado para a Quinzena dos Realizadores do 72º Festival de Cannes. Enquanto o filme não estreia por aqui, conheça A Rã e Deus, curta de 2013 também dirigido por Furtado.
O Quebra Cabeça de Tarik
O Quebra Cabeça de Tarik, curta-metragem de animação dirigido por Maria Leite e roteirizado por Eduardo Felix, funciona como um pequeno conto de horror e suspense. Protagonizado por bonequinhos de madeira, o filme narra uma história sobre criador e criatura.
Os melhores filmes nacionais de 2018
Num ano tão complicado e de tanta violência contra a diversidade, filmes queer, como Tinta Bruta, representaram a resistência do audiovisual brasileiro com louvor no exterior. Documentários também levaram às grandes telas as mazelas do país. O Processo acompanhou a trajetória do golpe parlamentar que derrubou a Presidenta Dilma Rousseff; Ex-Pajé, Como Fotografei os Yanomami e Piripkura se encarregaram de fazer competentes e diversos registros sobre os povos originários brasileiros e seus conflitos contemporâneos.
Também tivemos a grande oportunidade de vermos duas diretoras negras conseguirem chegar com seus filmes ao circuito comercial depois de mais de 30 anos de hiato – antes delas, apenas Adélia Sampaio havia lançado um longa-metragem no circuito comercial, em 1984. Na ficção, Glenda Nicácio dividiu a direção com Ary Rosa e lançou o afetuoso Café com Canela. No documentário, Camila de Morais estreou O Caso do Homem Errado.
Ainda sofremos de gravíssimos problemas de representatividade e distribuição – e tempos difíceis chegarão para a cultura -, mas 2018 foi um ano que demonstrou que é possível avançar. Abaixo, deixamos listados 6 filmes que estrearam neste ano e que acreditamos que você não pode deixar de ver:
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Arábia, dirigido por Affonso Uchoa e João Dumans, estreou logo no começo do ano, em abril. É bem possível que, de lá para cá, muita gente tenha se esquecido de seu lançamento. Mas Arábia foi uma das produções nacionais mais importantes do período e não merece cair no esquecimento.
Vencedor do Festival de Brasília de 2017, o longa conta a história de Cristiano (Aristides de Sousa), operário de uma fábrica de alumínio que morre repentinamente, deixando um diário sobre sua trajetória.
É a partir desse diário que o trabalhador ganha voz e pode, finalmente, contar sua própria história; a história de uma jornada que representa a de tantos outros brasileiros. Cristiano é a representação da classe trabalhadora que se submete a trabalhos insalubres e semi escravos para sobreviver. Trata-se de um homem marginalizado e sem perspectiva. Alguém que até pensa sobre seu lugar no mundo, mas que não encontra meios de mudar a relação trabalho e indivíduo a que foi condenado.
Leia a crítica de Arábia aqui.
Trailer de Arábia (Fonte: International Film Festival Rotterdam / YouTube)
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Benzinho chegou a ser considerado forte candidato para representar o Brasil no Oscar 2019 de Melhor Filme Estrangeiro. A indicação acabou não acontecendo, mas isso não é motivo para deixarmos passar um filme tão intimista, terno e sensível.
Na trama, acompanhamos uma espécie de processo de luto de Irene (Karine Teles), mãe dedicada de 4 filhos que vê seu mundo virar de cabeça para baixo quando o filho mais velho é convidado para estudar e jogar handebol na Alemanha.
A protagonista passa por várias fases “de aceitação” em relação a partida do primogênito. Apegada, ela começa pela negação e chega até a passar pela raiva.
Enquanto vivencia todos esses sentimentos, Irene precisa encarar os desafios de ter um emprego informal que não lhe garante segurança financeira, viver numa casa que precisa de reformas urgentes, terminar de estudar, cuidar dos outros três filhos e ainda acolher a irmã que tenta se esquivar de um relacionamento abusivo.
Em Benzinho, Karine Teles nos entrega uma das personagens femininas mais especiais do ano.
Leia a crítica de Benzinho aqui.
Trailer de Benzinho (Fonte: Vitrine Filmes / YouTube)
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Café com Canela é das obras mais apaixonantes de 2018. Assim como Benzinho, o longa dirigido por Ary Rosa e Glenda Nicácio exala afetividade e emociona.
Aqui, presenciamos o reencontro de Margarida (Valdinéia Soriano) e Violeta (Aline Brunne). Margarida foi professora de Violeta e, há anos, isolou-se da sociedade. Certo dia, Violeta bate na porta de Margarida por força do destino e, apesar de passar por suas próprias dificuldades, fica determinada a recuperar o encanto da ex-professora pela vida.
O longa possui uma estética muito particular e adota elementos quase fantásticos para inserir certa poesia e ancestralidade no cotidiano de suas protagonistas.
Protagonizado e dirigido por mulheres negras, Café com Canela age quase como uma invocação do senso de comunidade que há dentro de nós, além de ser obra fundamental para a diversidade do cinema brasileiro contemporâneo.
Leia a crítica de Café com Canela aqui.
Trailer de Café com Canela (Fonte: Arco Audiovisual / YouTube)
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Como que por ironia do destino, Ex-Pajé, de Luiz Bolognesi, estreou em circuito comercial pouco depois do lançamento de “Nada a Perder”, a cinebiografia do Bispo Edir Macedo. A Ironia se dá porque o documentário de Bolognesi serve justamente como contranarrativa ao grandioso filme religioso do dono da Record TV e da Igreja Universal.
Enquanto “Nada a Perder” narra a trajetória de Edir Macedo como se este fosse um herói nacional, Ex-Pajé denuncia o etnocídio (extermínio de uma cultura) causado pelo avanço da religião evangélica nas aldeias indígenas do Brasil.
O foco do documentário é a comunidade nativa Pater Saruí, onde um Pajé perdeu sua função social na tribo por conta da chegada de pastores. Por ter suas crenças tachadas de demoníacas, o homem deixou sua posição de líder religioso e foi reduzido a um simples funcionário do lugar onde os cultos evangélicos são ministrados na aldeia. É assim que a ancestralidade dos povos originários brasileiros segue sendo criminalizada e exterminada desde a colonização.
Leia a crítica de Ex-Pajé aqui
Trailer de Ex-Pajé (Fonte: Ex-Pajé Filme / YouTube)
AS BOAS MANEIRAS
Em 2018, os diretores Juliana Rojas e Marco Dutra nos presentearam com um filme de lobisomem para chamar de nosso. Um filme contemporâneo, com forte protagonismo feminino, bons efeitos especiais e um jeitinho todo seu de tratar a maternidade.
Na trama, Ana (Marjorie Estiano), contrata a babá Clara (Isabél Zuaa) para cuidar de seu filho que ainda não nasceu. Conforme a gravidez avança, Clara percebe que alguma coisa está errada com o bebê, que mesmo antes de nascer já causa comportamentos estranhos na mãe – principalmente em noites de lua cheia.
As duas protagonistas representam opostos. Uma é negra, a outra é branca. Uma vem de família rica da zona rural, outra vive na periferia de São Paulo. Em comum, as duas têm a solidão e o encontro com o sobrenatural.
Com tom de fábula moderna e repleto de elementos clássicos de terror, As Boas Maneiras consegue ser impressionante por transitar com maestria entre gêneros (musical, conto de fadas, animação, horror, fantasia) e por contar uma história assombrosamente encantadora sobre maternidade e tolerância.
Leia a crítica de
As Boas Maneiras aqui.
Tempo Compartilhado, um filme enigmático sobre férias estranhas
Dirigido por Sebastián Hoffman, o longa ganhou o prêmio de Melhor Roteiro no Festival de Sundance e tem marcado presença nas listas de melhores filmes mexicanos de 2018, ao lado de filmes como Museu e Roma.
Sua proposta temática é clara: denunciar a indústria turística, expondo como o capitalismo selvagem é capaz de nos alienar e angustiar até quando o assunto é descanso. Sua realização, por outro lado, recorre a abstrações diversas. Tempo Compartilhado é um projeto ambicioso e exige que o espectador esteja disposto a vivenciar a experiência, digamos.
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