Mudança de hábitos nunca é algo fácil. A partir de produtos culturais (ou da grande mídia) é possível que sejamos elucidados sobre determinados assuntos – e que abordem temas socialmente relevantes –, para que, assim, lidemos melhor com certas coisas. A função dos documentários, por exemplo, é fazer com que seus espectadores tomem conhecimento de um tema específico.
Neste caso, abordar questões sobre o meio ambiente, através das produções audiovisuais, pode ser muito efetivo. Noções sobre o consumo de água e de alimentos, o tratamento adequado aos animais e a consciência sobre a preservação do verde no mundo são fundamentais. Para te ajudar a familiarizar-se com a prática da sustentabilidade e da manutenção de sua própria saúde, selecionamos quatro documentários incríveis com essa temática. Confira abaixo!
Blackfish: Fúria Animal (2013)
De Gabriela Cowperthwaite, o longa-metragem conta a história da baleia assassina Tilikum – que matou várias pessoas dentro de seu cativeiro, no parque Sea World (Orlando, Flórida) –, como forma de retratar algo bem maior do que meros casos isolados.
Segundo é mostrado em Blackfish, para manter as atrativas orcas nos famosos centros turísticos, seus filhotes são retirados da vida selvagem por caçadores e levados a novas moradas: os parques de exibição. Dessa forma, esses animais, que nadam quilômetros de distância no oceano, têm de aprender forçadamente a conviver com as demais baleias; que, em cativeiro, são hostis umas com as outras.
Além do que, o filme aponta outro fato curioso: enquanto que as orcas fazem parte de grupos específicos nos mares, e conversam, dentre si, segundo a própria comunicação, em parques como o Sea World, os instintos mais primitivos desses mamíferos são reprimidos – o que torna-os ainda mais imprevisíveis. Assim, Blackfish expõe um determinado sistema; extremamente cruel às baleias, e nocivo a todo o meio ambiente.
Cowspiracy: O Segredo da Sustentabilidade (2014)
Em Cowspiracy, de Kip Andersen e Keegan Kuhn, o primeiro descobre uma verdadeira rede de intrigas por trás do ativismo de ONGs ambientalistas, (como o Greenpeace), tal como sobre a indústria alimentícia.
Após investigar as principais causas da destruição do meio ambiente, Andersen depara-se com algo quase nunca discutido pelos grandes ativistas: os gastos exorbitantes de água e terras, e as altíssimas emissões de gases tóxicos à atmosfera, provenientes do agronegócio. Dados devastadores, como a quantidade de animais criados por humanos no mundo (cerca de 70 bilhões), dão embasamento aos pontos polêmicos do documentarista.
À medida em que Andersen avança em seu filme, ele compreende também os riscos de sua própria exposição; o que implica em revelações chocantes e numa mudança de comportamento significativa. Importantíssimo!
Safári (2016)
O documentário de Ulrich Seidl acompanha a jornada de turistas europeus em uma reserva de caça recreativa na Namíbia (África). De admiradores de animais a frios caçadores, os grupos de estrangeiros gastam fortunas em dinheiro para atirar em animais selvagens, como girafas e zebras.
Em seguida às lentas e tenebrosas mortes das caças – mostradas em alta definição pela câmera de Seidl –, o espectador é apresentado ao processo de esfolação e retirada de órgãos dos bichos. Além disso, o longa-metragem aborda a relação de racismo e colonialismo, entre os brancos europeus e os empregados da reserva (negros africanos). Uma verdadeira lição sobre respeito e a valorização do ambiente alheio.
Food Matters: O Alimento é Importante (2008)
Diferentemente dos títulos anteriores, Food Matters explora as consequências de uma alimentação de qualidade a longo prazo. Já em comum com os outros documentários, este filme denuncia sistemas extremamente falhos: o farmacêutico e também aspectos da medicina convencional.
Mas, como a alimentação relacionaria-se com isso? Bem, a lógica, segundo Food Matters, é simples: quando comemos vegetais orgânicos com frequência, e nutrimo-nos de todas as vitaminas, as chances de evitarmos doenças crônicas caem bastante.
Infelizmente, o sucesso de uma vida saudável e simples não é algo tão lucrativo para as indústrias farmacêutica e alimentícia. Assim, a divulgação de hábitos cotidianos acessíveis é muito pouco explorada; o que dá margem para que formem-se mitos sobre o bem-estar da população – incluindo sobre o consumo de alimentos específicos.
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