Estreia: Paddington 2 mantém a doçura do anterior e é ainda mais divertido

Hoje (01), estreia nos cinemas brasileiros a continuação da mistura mais encantadora de live-action com animação 3D sobre um ursinho. Paddington 2, dirigido pelo britânico Paul King, conta um novo capítulo da história de um filhote de urso pardo, que, após deixar sua terra natal (o “Sombrio” Peru) para viver na deslumbrante cidade de Londres, precisa se adaptar aos costumes da família adotiva e humana – que é comandada pelos pais Mary e Henry Brown, personagens de Sally Hawkins (A Forma da Água) e Hugh Bonneville (Downton Abbey).

Agora, um mais confiante e popular Paddington (voz de Ben Wishaw) busca pelo presente perfeito para sua tia Lucy (Imelda Staunton), uma meiga ursa que completará 100 anos de idade. Após o encontro especial com um livro 3D e o inusitado contato com um ex-ator de sucesso, interpretado por Hugh Grant (Um Lugar Chamado Notting Hill), o maior fã de marmelada do mundo (o próprio ursinho) vê-se numa enrascada, ao ser erroneamente acusado de roubo. Mas, e agora?

Hugh Grant em cena de ‘Paddington 2’. (imagem: divulgação)

Aos olhos adultos, o maior trunfo de Paddington 1 e 2 – obras inspiradas na série de livros de Michael Bond – é o design de produção. Mesmo que seja bem possível fazer uma ideia da época em que a história se passa – graças aos carros modernos, aparelhos eletrônicos e referências culturais –, o clima de atemporalidade permeia uma colorida capital britânica, onde todos os excêntricos personagens são, também, bastante diferentes uns dos outros. Os figurinos compõem visuais que parecem ter saído de desenhos animados, os cenários são cheios de personalidade e os efeitos especiais são de primeira.

Ainda que o enredo soe muito infantil (afinal, é um filme pra crianças!), as piadas contidas nos diálogos, e até mesmo em elementos visuais – como os uniformes cor-de-rosa da prisão, um feito do urso atrapalhado, é claro –, conquistam espectadores de todas as idades. E é aí que está a maior diferença deste filme para o anterior, lançado em 2015: o aprimoramento do humor.

O uniforme rosa do atrapalhado Paddington. (imagem: divulgação)

O primeiro filme é, sim, divertido e muito doce, mas a continuação é ainda melhor. Um indício disso é justamente a nota geral da crítica especializada: 100% de aprovação, segundo o site Rotten Tomatoes – apenas dois por cento maior que a nota do longa-metragem anterior, que alcançou 98%. Isso se dá, em boa parte, pela cômica atuação de Grant, como o convencido Phoenix Buchanan, e pelas cenas super engraçadas com os presidiários londrinos. A ingenuidade de Paddington, em meio a criminosos durões, provoca muitos risos, assim como as manifestações de compadecimento da plateia frente ao ursinho de olhar amoroso.

No final das contas, e além da diversão garantida, o filme deixa mensagens sobre ética e colaboração comunitária para as crianças. Atualmente, produções educativas e honestas, como Paddington 2 é , são referências necessárias ao público infantil. Através de poucos clichês, e de maneira sutil, noções verdadeiramente humanas nos são afirmadas. Assistir ao filme pode ser mais do que um programa em família e, independente de quem você for, há grandes chances de ser conquistado(a) por esse ursinho gente fina. Bom filme!

A família Brown. (imagem: divulgação)

Ficha técnica

Ano: 2017

Duração: 1h43

Direção: Paul King

Elenco: Hugh Grant, Ben Whishaw, Brendan Gleeson, Sally Hawkins, Hugh Bonneville

Distribuidora: Imagem Filmes

País: Reino Unido, França

 

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