Autor: Vanessa Panerari
[Entrevista] Juily Manghirmalani, co-diretora da paródia de ‘Vai Malandra’, fala sobre audiovisual, feminismo e YouTube
Há algumas semanas, a youtuber Maíra Medeiros lançou, em seu canal Nunca Te Pedi Nada, a paródia Sai Embuste, baseado em Vai Malandra, de Anitta.
No vídeo, Maíra questiona padrões de comportamento de homens misóginos, junto de youtubers de canais muito influentes quando o assunto é militância online. Entre eles, temos Nátaly Neri, Alexandrismos, Canal das Bee, Diva Depressão e Lorelay Fox.
Estreia: Paulistas, de Daniel Nolasco, registra um Brasil que não se vê em telas
De acordo com dados, mulheres são destinadas a dirigirem filmes de menor orçamento
Há alguns anos, felizmente, o assunto cinema e mulheres na direção tem rendido boas discussões. Em 2016, Anna Muylaert fez barulho no cinema nacional com seu filme Que Horas Ela Volta?, e também com seu posicionamento de enfrentamento perante os entraves que a indústria cinematográfica coloca no caminho de profissionais femininas. Já em 2017, Patty Jenkins entrou para a história como a primeira mulher a dirigir um filme de super-herói. Além disso, a diretora também contou com um grande orçamento – raramente destinado a mulheres – para fazer o seu Mulher-Maravilha. Antes dela, apenas Kathryn Bigelow havia trabalhado com uma verba acima de 100 milhões de dólares.
Trapped: a série de TV mais cara da Islândia
Ao pensar em produções audiovisuais islandesas, que títulos passam pela sua cabeça? Provavelmente, não muitos. Nosso conhecimento sobre filmes e séries dos países escandinavos é restrito, quando não inexistente. Mas, nessas horas, o catálogo da Netflix pode revelar gratas surpresas e proporcionar quebras na barreira do desconhecido. Esse é o caso da série Trapped. Embora esteja disponível há algum tempo no serviço de streaming, a produção islandesa pode ter passado batido por muita gente.
A tecnologia da realidade virtual no cinema
Em 1996, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas concedeu um Oscar especial à animação Toy Story, pela inovação em técnicas que permitiram a criação do primeiro longa animado de computação gráfica. Desde então, prêmios desse tipo nunca mais foram concedidos. Esse cenário mudou no dia 11 de novembro de 2017, quando o diretor mexicano Alejandro G. Iñárritu (O Regresso, Birdman ou: A Inesperada Virtude da Ignorância) foi premiado por sua instalação em realidade virtual Carne y Arena (“Carne e Areia”, em português), atualmente em cartaz no Museu de Arte do Condado de Los Angeles.
A Hollywood de Hitler: documentário alemão expõe o cinema nazista
Você já deve ter reparado na imensa quantidade de filmes que abordam o nazismo de alguma forma, certo? O cinema se apropriou do assunto para criar filmes que vão desde aventuras, em que os vilões são os nazistas, como é o caso de Indiana Jones: Os Caçadores da Arca Perdida (1981), passando pelo emocionante drama O Menino do Pijama Listrado (2008), até o clássico A Lista de Schindler (1993).
La Casa de Papel: a série espanhola que conquistou os brasileiros
La Casa de Papel chegou tímida ao catálogo da Netflix no final de dezembro de 2017 e, depois de algumas semanas, caiu nas graças do público brasileiro. Foi do boca-a-boca entre espectadores entusiasmados que surgiu a popularidade da série espanhola – criada pelo canal Antena 3 –, um fenômeno raro quando se trata de séries de língua não-inglesa.
Na trama, o enigmático Professor (Álvaro Morte) recruta e treina um grupo de oito pessoas que, juntas, cometem um crime épico e aparentemente perfeito: eles assaltam a Casa da Moeda espanhola. Mas não se trata de um assalto qualquer. O Professor não planeja ser a mente brilhante que vai roubar uma quantia em dinheiro que já existe, ele quer fabricá-la.
Para isso, o plano exige que o time de ladrões – vestidos com os já emblemáticos macacões vermelhos e máscaras do pintor surrealista Salvador Dalí – permaneça cerca de 12 dias na Casa da Moeda, imprimindo novas cédulas de dinheiro sem parar e com a ajuda dos funcionários, que são mantidos como reféns.
Controlando o assalto à distância, o Professor parece ter absolutamente tudo sob controle, desde as possíveis reações dos reféns, até toda e qualquer atitude que possa ser tomada pela polícia, liderada pela inspetora Raquel Murillo (Itziar Ituño).
Mas o que fez uma série espanhola causar tanto burburinho no Brasil? A temática, sem dúvidas, é um ponto forte. Séries policiais costumam agradar por se tratar de um formato familiar, independente da nacionalidade. No entanto, La Casa de Papel ousa, desafiando seu próprio formato ao contar também com boas doses de melodrama e ao trazer assuntos atuais para a narrativa. E essa ousadia é o grande acerto da produção.
Existem dois tipos de séries policiais: aquelas que fazem o público torcer para a polícia e aquelas em que, pelos mais variados motivos, a torcida vai para o ladrão. Neste caso, o público passa cada episódio em uma montanha-russa de sentimentos. Em questão de minutos, sua torcida pode mudar de lado. E, por mais que tenhamos o hábito de rejeitar o melodrama, essa série jamais seria como é se não fosse por esse recurso tão bem utilizado.
Sem as subtramas de cada personagem ou das relações questionáveis e aparentemente “forçadas”, não nos envolveríamos emocionalmente a ponto de sentirmos uma certa ansiedade no decorrer dos episódios, ou de termos que lidar com a sensação de não saber para quem torcer. Em La Casa de Papel não existem clássicos vilões ou clássicos mocinhos. Ambos erram e acertam, e você provavelmente vai se desesperar e passar nervoso a cada erro da polícia ou dos assaltantes, na mesma proporção em que vai vibrar por cada acerto de ambas as partes.
[Coluna] BBB 18: a polarização das redes sociais na tela da Rede Globo
Começou, no último dia 22, mais uma edição do Big Brother Brasil. Sim, é a 18ª temporada do “BBB”. São 18 anos de Big Brother Brasil na tela da TV, no meio do povo. Em 18 anos, muita coisa aconteceu. Teve casal, triângulo amoroso, barracos, traições, Bambam e a boneca Maria Eugênia, fofocas, mais barracos, e as preocupantes denúncias de pedofilia, assédio e agressões contra participantes mulheres. Nem Pedro Bial (ex-apresentador do programa) resistiu ao tempo, sendo substituído por Tiago Leifert em 2016.
Novelas temáticas: a nova tendência da TV aberta brasileira
O relatório OBITEL (Observatório Ibero-Americano da Ficção Televisiva) de 2016 – que corresponde à análise de dados das produções audiovisuais ficcionais da televisão dos países latino-americanos – apresentou um tópico que aborda a tendência da televisão aberta brasileira de se organizar em nichos temáticos, como já é o caso das novelas da RecordTV, SBT e Band. Essa tendência aproxima-se um pouco da dinâmica das séries de TV, que se apresentam em gêneros (policial, drama, ficção científica, etc.).
Quatro Estações em Havana: a série “noir caribenha” da Netflix
Ganhadora do prêmio Platino na categoria Minissérie Cinematográfica Ibero-Americana de 2017, Quatro Estações em Havana é uma série noir (subgênero policial com ambientação urbana, anti-heróis e influência do expressionismo alemão) baseada nos livros do prestigiado escritor cubano Leonardo Padura, responsável também, junto de sua esposa Lucia Lopez Coll, pelo roteiro.