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Desventuras em Série: 5 motivos para assistir à sua terceira (e última) temporada
Se você ainda não assistiu à terceira e última temporada de Desventuras em Série, da Netflix, nós te contamos por que você deveria dar o play neste instante. Inspirada na série de livros do americano Lemony Snicket (pseudônimo de Daniel Handler), o final do programa de TV chegou à plataforma de streaming no dia 1 de janeiro. Abaixo, você confere 5 motivos que fazem a série digna da sua atenção!
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Na trama, três jovens acordam em um quarto branco, sem janelas e sem portas. Assustados, eles percebem que não se lembram de nada, não sabem se já se conheciam, não têm ideia de como foram parar ali e não recordam nem de seus próprios nomes – que mais tarde são encontrados em papeizinhos dentro de seus bolsos.
4 motivos para assistir ao remake de ‘Perdidos no Espaço’
No mês passado, estreou na Netflix o remake da clássica série de ficção científica Perdidos no Espaço. Nos anos 60, o programa de TV contava a história da família Robinson, que é selecionada para embarcar em uma missão espacial até o fictício sistema de Alpha Centauri. A série foi ao ar pela primeira vez em setembro de 1965 e exibida até março de 1968.
Originalmente, os Robinson eram compostos pelo Professor John, sua esposa Maureen e os três filhos do casal, Dra. Judy, Penny e Will. Na nave que os leva até outro sistema – denominada Júpiter 2 –, também estão Major Don West, Dr. Zachary Smith e o Robô B9. Na série da Netflix, no entanto, apesar de a formação principal contar com o mesmo número de personagens, há mudanças bastante significativas. Vamos aos motivos que fazem deste um ótimo remake:
1. PROTAGONISMO FEMININO
Um dos pontos mais fortes da primeira temporada de Perdidos no Espaço (segunda versão) são as personagens femininas. Ao contrário da série original, a verdadeira líder da família e da expedição é Maureen (Molly Parker), uma engenheira aeroespacial, super corajosa e empenhada em salvar seus filhos. Assim como ela, a mais velha Judy, que é interpretada por uma atriz negra (Taylor Russel), é uma jovem inteligentíssima, estudante de medicina e cuja relação com o pai adotivo, o ex-fuzileiro naval John (Toby Stephens), já fora melhor.
Penny (Mina Sundwall), a filha do meio, é uma garota de muitas camadas, e também a responsável pelo alívio cômico. É muito bom poder ver uma mulher, e, ainda mais, uma menina adolescente, que faz piadas e com personalidade divertida, mas de maneira consciente. Agora, uma das maiores mudanças do remake é a Dra. Smith (Parker Posey), uma vilã mulher, cujo nome real é June Harris (em homenagem a June Lockhart, a Maureen da primeira versão, e a Jonathan Harris, o Dr. Smith original).
2. ADAPTAÇÕES CIENTÍFICAS (ATUAIS)
Naturalmente, esta versão conta com inúmeras alterações em suas teorias e hipóteses científicas – afinal, quando a série original fora exibida pela CBS, o homem sequer havia pisado em solo lunar. A mudança mais significativa diz respeito ao programa espacial do qual os Robinson fazem parte. Ao contrário da família de 60, que fora selecionada para estabelecer uma colônia em Alpha Centauri, desta vez, a colônia em questão já fora instaurada e a nave Júpiter dos protagonistas é somente mais uma dentre muitas outras.
Toda a parte tecnológica, desde computadores e instalações das naves, realmente parece ser de última geração. Já o Robô humanoide (sem nome) é muito mais complexo do que a antiga versão B9. No local daquilo seria seu rosto, por exemplo, há uma espécie de visor que exibe imagens em movimento, simulando astros e estrelas. A variação de cores e sua movimentação simbolizam os sentimentos do robô, como alegria e raiva.
3. PERSONAGENS COMPLEXOS
Todos os personagens carregam qualidades e defeitos; nenhum deles é unidimensional ou sem sentido para a história. John, o pai da família, é um homem um tanto solitário, que, ainda na Terra, afastou-se da esposa e filhos para servir na Marinha – o que provocou um distanciamento psicológico entre ele e todos os outros. Já no espaço, os Robinson tentam lidar com suas diferenças estruturais e pessoais.
No caso do caçula Will (Maxwell Jenkins), quem primeiro encontra o Robô, o garoto tem ideias brilhantes para uma criança insegura de 11 anos. Sua relação com o humanoide é muito especial e determinante para todo o desenrolar da primeira temporada. Sua amizade traz doçura para a série, tal como um remake de Perdidos precisaria para funcionar plenamente. Além disso, o casamento instável de Maureen e John (bem diferente da família de “comercial de margarina” da série original), os conflitos entre as irmãs e a própria personalidade da Dra. Smith, deixam o enredo mais complexo.
4. EFEITOS ESPECIAIS DE PONTA
Todos os cenários do programa, como o interior das naves e as paisagens de planetas desconhecidos, foram muito bem trabalhados e explorados pela produção. O CGI do espaço sideral e de criaturas alienígenas contribuem para a imersão do espectador na narrativa sci-fi. Enquanto isso, o bem pensado design do Robô transmite tanto a ideia de algo perigoso, quando necessário, quanto de algo puro.
As cenas de ação, considerando que são essenciais para o ritmo da série, também merecem elogios. Há momentos de tensão e de aventura que dão o toque necessário à produção. Além do mais, o drama é bem equilibrado com a comédia, o que ajuda até mesmo alguns diálogos bobos a encontrarem o tom adequado. Tudo isso eleva Perdidos no Espaço à categoria de originais Netflix de qualidade e, por isso, você deveria dar uma chance.
Ficha técnica
Criação: Irwin Allen
País: EUA
Ano: 2018
Elenco: Toby Stephens, Molly Parker, Ignacio Serricchio, Taylor Russell, Maxwell Jenkins
Gênero: Ficção Científica, Aventura
Distribuição: Netflix