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5 motivos por que The Handmaid’s Tale é a série do momento
ATENÇÃO: Pode conter spoilers!
Lançada pela plataforma de streaming Hulu – ainda inédita no Brasil –, e exibida na televisão daqui pela Paramount Channel, The Handmaid’s Tale é uma das séries mais assistidas e comentadas da atualidade. Isso se dá, em grande parte, graças ao ganho de quatro prêmios Emmy no ano passado (de Melhor Atriz, Atriz Coadjuvante, Roteiro e Série Dramática).
Ambientada em uma sociedade totalitária e, consequentemente, distópica, a produção (inspirada no romance de Margaret Atwood e com duas temporadas completas) se passa em um futuro próximo e conta a história de uma aia – classe social empregada a mulheres consideradas imorais pela República de Gilead, e, por isso, escravizadas doméstica e sexualmente. Dessa forma, a cruel rotina de June (Elisabeth Moss), chamada de Offred pelos integrantes da casa-cativeiro “de luxo” em que é mantida, tem chamado a atenção da crítica especializada pela crueza e alta qualidade técnica com a qual é retratada.
Desde a primeira temporada, The Handmaid’s é tão bela visualmente quanto terrível em sua narrativa. E, a partir do mundo trágico em que June vive, assistir a essa série tão poderosa e brilhante é uma experiência enriquecedora. Leia alguns dos motivos para isso abaixo!
1. O principal ponto de vista é feminino
Além da narração de June em momentos-chave, todas as protagonistas da produção são mulheres. Paralelamente à história da personagem de Moss, temos Emily (Alexis Bledel), uma mulher lésbica e ex-professora, que também se tornou uma escrava de Gilead. Por fora, vemos pessoas obedientes e inexpressivas; por dentro, através de momentos de desabafo e narrações em off (somente a voz), deparamo-nos com mulheres extremamente sofridas e enraivecidas por sua condição degradante.
Outra forte figura da série é Moira (Samira Wiley), uma ex-aia refugiada no Canadá, que representa o grupo de pessoas reais que deixam seus países – para não serem mortas ou torturadas. Assim como June e Emily, Moira fora estuprada, e, posteriormente, optou pela prostituição como modo de fugir dos abusos submetidos às aias.
Quanto ao lado vilanesco de The Handmaid’s, ficamos com a desumana Serena (Yvonne Strzechowski) – esposa do Comandante Fred Waterford (Joseph Fiennes) e que, junto com ele, é a principal responsável pelos abusos contra June –, assim como a devota chefe das aias, chamada de Tia Lydia (Ann Dowd) pelos cidadãos do regime.
2. Diferente de inúmeras outras séries, não fetichiza a violência contra a mulher
Crítica: ‘Mudo’, um filme original Netflix
Na última sexta (23), estreou na Netflix mais um filme original: Mudo. O longa-metragem conta a história de um homem que perdeu a voz em um acidente durante a infância e, já adulto, busca encontrar sua namorada, que desapareceu misteriosamente.
Não bastasse a sinopse repetitiva em uma produção norte-americana (paradeiro de um ente querido do personagem principal), a ambientação cyberpunk mais uma vez dá as caras em um original Netflix e, ainda mais – ou ainda pior –, não apresenta qualquer relevância para a história. Alexander Skarsgård cumpre bem seu papel como o protagonista Leo, assim como Paul Rudd entrega um trabalho competente como o vilão Cactus; um médico suspeito pelo desaparecimento da namorada de Leo, Naadirah (Seyneb Saleh). Ainda assim, o elenco do filme parece ser seu único ponto positivo.
O roteiro de Mudo contém tantas falhas que chega a ser incompreensível que uma empresa do tamanho da Netflix tenha aceitado bancá-lo. O excesso de elementos postos em tela – o acidente que culminou na mudez de Leo, o desaparecimento de Naadirah, o negócio de prostituição, o futuro distópico, a fusão cultural em Berlim, a patologia do parceiro de Cactus (Duck, interpretado por Justin Theroux)… – atrapalha completamente a fluidez da narração. Não há razão alguma para um enredo que fala sobre relações afetivas e desaparecimento, sem que contenha qualquer interferência tecnológica expressiva para seu andamento, ter como cenário a capital alemã de um futuro cyberpunk.
Assistir à Mudo é como assistir a um episódio extra e piorado de Altered Carbon – série que estreou no começo deste mês –, ou seja, à mais uma produção inspirada no universo de Blade Runner, ou a algo semelhante à Onde Está Segunda? – outra recente produção Netflix que aborda o sumiço de uma pessoa e é ambientada em uma distopia futurista. A plataforma de streaming tem investido em conteúdo monotemático nos últimos tempos. Talvez, isso seja um reflexo da demanda calculada através dos algoritmos do sistema, mas, o fato é que a qualidade, especialmente, dos longas Netflix tem apresentado expressiva queda.
Não há nada de especial na estética de Mudo. A direção de Duncan Jones não aparenta consistência e o péssimo roteiro defasa qualquer possibilidade de sucesso do filme. Nos primeiros vinte minutos somos levados a questionar a relevância do ambiente no desenrolar dos eventos, ou como a condição de Leo o impediria de encontrar Naadirah, mas, no final, nada disso importa. A impressão que fica é a de que os roteiristas (dos quais o próprio Jones faz parte)
“jogaram” características geralmente interessantes para enriquecer uma história batida
[Crítica] Altered Carbon: a nova série cyberpunk da Netflix
Na última sexta (02), estreou no catálogo da Netflix a série cyberpunk do momento, Altered Carbon – inspirada no livro lançado em 2002, Carbono Alterado, de Richard K. Morgan. Ambientada em uma sociedade futurista, altamente tecnológica e distópica, a trama conta a história de Takeshi Kovacs (Joel Kinnaman), um ex-rebelde que, após passar 250 anos inconsciente, desperta em um novo corpo; ou melhor, em uma nova capa (como é chamada na série).
Contratado pelo magnata Laurens Bancroft (James Purefoy), Kovacs é “ressuscitado” para ajudá-lo a descobrir quem o matou. A partir daí, o destino do ex-Emissário (termo usado para identificar a posição política e filosófica de um antigo grupo rebelde, do qual o protagonista fizera parte) cruza inúmeras vezes com o da enigmática policial Kristin Ortega (Martha Higareda) e, assim, os demais eventos se desenrolam.
No universo da história, a morte integral de um ser humano – ou seja, aquela que determine a não-existência não somente de uma capa, mas sim da consciência de um indivíduo – só é possível a partir da destruição dos denominados cartuchos: aparelhos eletrônicos instalados no organismo de todas as pessoas, desde seus nascimentos, a fim de gravar as suas experiências e ser passível da realização de backups. Sendo assim, qualquer capa danificada poderá ser substituída por outra que estiver disponível e, nessa sociedade, quanto mais pobre alguém for, menos liberdade para escolher um novo corpo essa pessoa terá.
É simplesmente impossível não lembrar de Blade Runner (1982), assistindo à série. Os cenários externos, produzidos por técnicas de CGI, parecem ter saído diretamente de um spin-off do filme de Ridley Scott. Inicialmente, a original Netflix revela-se uma
homenagem a produções como, além do próprio Blade Runner, o anime japonês Ghost in the Shell
Tudo o que sabemos sobre a 2ª temp. de The Handmaid’s Tale até agora
No ano passado, a plataforma de streaming Hulu liberou a primeira temporada da série baseada na obra de Margaret Atwood, The Handmaid’s Tale (O Conto da Aia, em tradução para o português). A produção acompanha a vida de aias escravizadas em uma sociedade patriarcal e totalitária, que prioriza a reprodução e a eugenia acima de quaisquer Direitos Humanos anteriormente conquistados pela população.
1. A DATA DE ESTREIA
No início deste mês, a Hulu anunciou que a segunda temporada da série tem data de estreia para 25 abril de 2018. Só faltam 3 meses!
2. O ENREDO
Segundo o showrunner Bruce Miller, a nova temporada vai acompanhar a rotina das colônias da fictícia Gilead – nação na qual os EUA teriam se tornado, num futuro distópico. Como praticamente toda a obra original de Atwood já foi adaptada nos dez primeiros episódios, desta vez, as subtramas contarão com a criatividade de sua produção, que trabalha na expansão do universo da história. Afinal, Miller afirmou recentemente, para o The Hollywood Reporter, que enxerga um longo futuro para a série, com até dez temporadas.
3. O RETORNO DE ALEXIS BLEDEL
A atriz Alexis Bledel (a Rory, de Gilmore Girls), que interpretou a aia denominada Ofglen, está confirmada para o elenco fixo de The Handmaid’s. E isso se deve, em grande parte, à sua marcante participação na temporada passada, que lhe proporcionou um Emmy de Melhor Atriz Convidada em Série de Drama. O que será que aconteceu à (não mais) Ofglen? Será que ela e Offred (Elisabeth Moss) vão se reencontrar? Aguardemos!
4. A PARTICIPAÇÃO DE MARISA TOMEI