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Otis Milburn (Asa Butterfield) é o típico adolescente socialmente retraído que faz de tudo para passar despercebido na escola, contando com a parceria de um único e melhor amigo, Eric (Ncuti Gatwa). Ele vive com a mãe, Jean (Gillian Anderson), uma terapeuta sexual. Aos 16 anos, Otis vivencia as contradições de ser um jovem tímido e sexualmente inexperiente mesmo tendo uma mãe “descolada” e aparentemente bem-resolvida.
Conheça algumas das principais personagens mulheres de séries policiais
Se você é fã de séries policiais, daquelas clássicas em que uma equipe investiga crimes, já deve ter reparado o quanto elas ainda são território masculino. Via de regra, as equipes são lideradas por homens e possuem uma ou duas mulheres no elenco, como uma espécie de “cota”. Não raramente, os personagens homens se destacam mais. No entanto, existem produções do gênero que quebram esses padrões, seja porque mudaram ao longo do tempo ou porque já começaram com uma proposta diferente.
Por isso, fizemos uma lista com três séries policiais que, de alguma forma, quebraram os paradigmas desse tipo de obra, e que passam no Teste de Bechdel – um teste composto por três perguntas que analisa a representação feminina em obras audiovisuais. As perguntas que devem ser respondidas são: existem mais de duas mulheres? Elas conversam entre si? Elas conversam sobre algo que não seja homens? Caso a resposta seja “sim” para todas as perguntas, temos “sinal verde” no teste.
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Esta, com certeza, é uma das séries policiais mais clássicas. Ainda que você não acompanhe o gênero, já deve ter parado para assistir a algum episódio que passava na TV. Popular e premiada, a série, exibida originalmente pela CBS, acompanha um grupo de cientistas forenses que trabalha no turno da noite do departamento de criminalística da polícia de Las Vegas.
No decorrer de suas 16 temporadas, CSI sempre teve um elenco majoritariamente masculino, assim como a liderança da equipe quase sempre ficou a cargo de um homem. Mas, em contrapartida, suas personagens femininas sempre foram bem desenvolvidas, e alguns momentos da produção fizeram questão de evidenciar isso.
Sara Sidle (Jorja Fox) é uma CSI que viveu a infância em um lar violento e cheio de abusos, passando por alguns orfanatos. Essas experiências fazem com que seu emprego se torne muito difícil, ao ter de lidar com casos de violência doméstica. Além disso, seu envolvimento amoroso com o chefe lhe rendeu muitas preocupações em alguns dos episódios, já que temia ser questionada por sua competência no trabalho.
Catherine Willows (Marg Helgenberger) é a outra CSI mais recorrente na série, junto de Sara. Mãe solo (termo que faz referência à educação restrita de uma criança à mãe), ela precisa lidar com a criação da filha, com longas jornadas de trabalho e questionamentos sobre sua competência profissional. Mas, ao contrário de Sara, que temia ser questionada por se envolver com o chefe, Catherine enfrenta os fantasmas de quando era dançarina de striptease – fato que é piadinha recorrente entre colegas. Em algumas temporadas, a personagem se torna chefe da equipe, e é fantástico acompanhar seus dilemas e conquistas.
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Criminal Minds, também da CBS, é o caso de uma série que mudou ao longo do tempo. Sucesso no Brasil, o drama policial acompanha o time de agentes da Unidade de Análise Comportamental do FBI, a UAC. Considerados uma equipe de elite, eles são responsáveis por traçar perfis que ajudam a capturar criminosos.
Na primeira temporada, essa equipe contava com três personagens mulheres: Penelope Garcia (Kirsten Vangsness), analista técnica do FBI, Elle Greenaway (Lola Glaudini), agente da equipe, e Jennifer “JJ” Jareau (A.J. Cook), que começou como uma espécie de relações públicas. Ou seja, a única agente, que de fato ia a campo, era Greenaway. Por isso a interação entre as personagens femininas também era limitada, com cada uma trabalhando no seu campo de atuação.
Hoje, na 13ª temporada, muita coisa mudou. A começar por “JJ”, que de relações públicas passou a agente de campo. Além das muitas outras mulheres que passaram pela equipe, atualmente, metade delas é formada por personagens femininas. Penélope Garcia ainda é analista técnica, mas muito mais ativa; “JJ” se tornou uma grande agente; Tara Lewis (Aisha Tyler), uma agente negra, entrou para o time mais tarde, sendo uma ótima adição, e Emily Prentiss (Paget Brewster), que, em temporadas anteriores, já fez parte da equipe, mas que agora é a nova líder.
Por isso, Criminal Minds já pode ser considerada detentora de alguns ótimos méritos, a começar pelo fato de possuir metade do elenco formado por mulheres, ter uma líder de equipe mulher e, indo mais longe, também ser bem-sucedida ao desenvolver as complexidades dessas personagens muito bem. Cada uma delas possui sua história, seu contexto, personalidade e motivações, mas todas se apoiam. Aqui, encontramos representações que saem em pé de igualdade com os personagens masculinos, e o resultado do Teste de Bechdel é muito positivo.
Mas, para além da ficção, o caminho de Criminal Minds nem sempre foi rumo à igualdade. A série já teve alguns problemas em relação à disparidade salarial entre atrizes e atores. De acordo com matéria do Deadline, em 2010, a CBS foi criticada pela forma como tratava as mulheres. Na época, os executivos deixaram A.J. Cook de fora da sexta temporada, reduziram os episódios de Paget Brewster e Kirsten Vangsness passou a ser a única mulher no elenco fixo. Já em 2013, as atrizes conseguiram um aumento depois de denunciarem que recebiam menos de 50% do salário dos colegas homens. Agora, em 2017, Vangsness e Cook disseram que só participariam da 13ª temporada se ganhassem um salário igual ao dos homens.
A igualdade de gênero foi uma trajetória longa em
Criminal MInds
O retorno de Arquivo X
Ao que tudo indica, a 11ª temporada, que estreou na última quarta (10) no Brasil, pelo canal FOX, pode ser a última da série. A atriz Gillian Anderson já
declarou que não tem interesse em retornar para uma próxima temporada
Coluna: Relato de uma fã tardia de Arquivo X
Creio que faço parte da geração que hoje vive a “era de ouro das séries”, como algumas pessoas na internet costumam chamar por aí. Nossa geração cresceu e se acostumou a consumir filmes e séries online. A chegada das plataformas de streaming foi mais uma das tantas facilidades tecnológicas que nos foram presenteadas nos últimos anos.
Apesar do enorme e frequente fluxo de conteúdo, estabeleci uma meta pessoal: assistir à pelo menos uma série antiga por ano. Algumas que, com certeza, perdi por ser ainda muito jovem e acabei não dando muita bola na época. Já mais velha, finalmente me interessei por títulos antigos e decidi assistir a Dexter, Lost e
Gilmore Girls.