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6 filmes dirigidos por brasileiras, sobre mulheres e para todos
4 filmes conceituados sobre mães da ‘vida real’
A maternidade é tema recorrente em filmes de comédia e até mesmo de terror. Títulos que englobam as desventuras de “mães faz-tudo”, sobre mulheres bem-sucedidas e igualmente surtadas, chamam a atenção pelo humor e falso retrato da realidade.
Plano B, Não Sei Como Ela Consegue, Perfeita é a Mãe, Uma Mãe em Apuros…todas essas produções mostram a condição feminina de maneiras distintamente exageradas: ora como mulheres incríveis e polivalentes, ora como irresponsáveis e rebeldes. Enquanto isso, filmes como O Bebê de Rosemary, A Mão Que Balança o Berço, Carrie, A Estranha, Mama e O Chamado trazem mães atormentadas e/ou diabólicas.
Recentemente, o lançamento de Tully, sobre as imperfeições da maternidade, trouxe às telas uma discussão bastante necessária: a representatividade realista da figura materna. Assim, nos esforçamos para pensar em outros longas-metragens que lidem com o tema de maneira responsável. Como são poucos, seu apontamento e enaltecimento é importantíssimo – não somente à sétima arte, mas também à representação de gênero. Confira, abaixo, 4 filmes conceituados sobre mães da vida real:
Olmo e A Gaivota (2014)
Dirigido por Petra Costa (Elena) e Lea Glob, Olmo e A Gaivota explora as sutilezas do limite entre documentário e ficção. Olivia (Olivia Corsini) e Serge (Serge Nicolaï) são um casal de atores que vive na França. Quando uma nova montagem de A Gaivota, peça do renomado dramaturgo russo Anton Tchekhov, começa a ser produzida pelo grupo de teatro do casal, Olivia descobre estar grávida.
A partir daí, a atriz tem de lidar com as dificuldades comuns da gravidez (aumento de peso, sensibilidade extrema, desconforto físico e etc.), e com o fato de não poder deixar seu apartamento durante nove meses – em um prédio sem elevador, e considerando os riscos à própria gestação. Assim, Olivia sofre com sua nova realidade e com o tratamento social dado a uma mulher grávida.
Olmo e A Gaivota é, antes de mais nada, um apelo das diretoras ao papel aplicado às gestantes pelo senso comum. Gravidez não é doença, mas também não é um “mar de rosas”. A mulher sempre sentirá a pressão em ser feliz com o futuro bebê – mesmo que sofra de dores constantes ou sinta medo do próprio futuro. Uma vez mãe, sempre mãe. E o ganho de uma nova identidade desperta um tipo de ansiedade muito específico. Afinal, além de uma nova vida depender exclusivamente de seus cuidados, a sua própria terá novas prioridades.
A coprodução entre Brasil, França, Suécia e Portugal ganhou o prêmio de Melhor Longa-Metragem de Documentário no Festival do Rio 2015, e está disponível na Globosat Play.
Trailer legendado