Categoria: TV & STREAMING
Crítica: ‘Mudo’, um filme original Netflix
A Netflix não é muito diferente de uma grande produtora de filmes
Em 2013, quando a Netflix lançou sua primeira websérie original, House of Cards, diretamente na plataforma de streaming da empresa, o mundo mal fazia ideia da verdadeira revolução cultural que estava por vir. Desde então, a provedora de filmes e séries tornou-se uma poderosa produtora de conteúdo – tendo não somente obtido centenas de milhões de assinantes, como, principalmente, alcançado um lugar de prestígio na “nata” do cinema mundial.
Crítica: Everything Sucks!
Na última sexta (16), estreou no catálogo da Netflix a série adolescente Everything Sucks!, mais uma produção original da plataforma. Ambientada nos anos 90, a série engloba os já conhecidos dilemas adolescentes, como primeiro amor e sexualidade, mas de uma forma raramente abordada para o público jovem.
Em suas últimas semanas, Malhação – Viva a Diferença é a melhor novela atual
Quando a 25ª temporada da novela teen estreou na Rede Globo, em maio de 2017, as expectativas eram bastante altas. Malhação, com o subtítulo de Viva a Diferença, é escrita por Cao Hamburguer (um dos criadores do amado programa infantil Castelo Rá-Tim-Bum) e, já durante as primeiras chamadas, obteve a atenção do telespectador e da internet por conter cinco protagonistas mulheres – ao invés do tradicional casal heterossexual.
Trapped: a série de TV mais cara da Islândia
Ao pensar em produções audiovisuais islandesas, que títulos passam pela sua cabeça? Provavelmente, não muitos. Nosso conhecimento sobre filmes e séries dos países escandinavos é restrito, quando não inexistente. Mas, nessas horas, o catálogo da Netflix pode revelar gratas surpresas e proporcionar quebras na barreira do desconhecido. Esse é o caso da série Trapped. Embora esteja disponível há algum tempo no serviço de streaming, a produção islandesa pode ter passado batido por muita gente.
[Crítica] Altered Carbon: a nova série cyberpunk da Netflix
Na última sexta (02), estreou no catálogo da Netflix a série cyberpunk do momento, Altered Carbon – inspirada no livro lançado em 2002, Carbono Alterado, de Richard K. Morgan. Ambientada em uma sociedade futurista, altamente tecnológica e distópica, a trama conta a história de Takeshi Kovacs (Joel Kinnaman), um ex-rebelde que, após passar 250 anos inconsciente, desperta em um novo corpo; ou melhor, em uma nova capa (como é chamada na série).
La Casa de Papel: a série espanhola que conquistou os brasileiros
La Casa de Papel chegou tímida ao catálogo da Netflix no final de dezembro de 2017 e, depois de algumas semanas, caiu nas graças do público brasileiro. Foi do boca-a-boca entre espectadores entusiasmados que surgiu a popularidade da série espanhola – criada pelo canal Antena 3 –, um fenômeno raro quando se trata de séries de língua não-inglesa.
Na trama, o enigmático Professor (Álvaro Morte) recruta e treina um grupo de oito pessoas que, juntas, cometem um crime épico e aparentemente perfeito: eles assaltam a Casa da Moeda espanhola. Mas não se trata de um assalto qualquer. O Professor não planeja ser a mente brilhante que vai roubar uma quantia em dinheiro que já existe, ele quer fabricá-la.
Para isso, o plano exige que o time de ladrões – vestidos com os já emblemáticos macacões vermelhos e máscaras do pintor surrealista Salvador Dalí – permaneça cerca de 12 dias na Casa da Moeda, imprimindo novas cédulas de dinheiro sem parar e com a ajuda dos funcionários, que são mantidos como reféns.
Controlando o assalto à distância, o Professor parece ter absolutamente tudo sob controle, desde as possíveis reações dos reféns, até toda e qualquer atitude que possa ser tomada pela polícia, liderada pela inspetora Raquel Murillo (Itziar Ituño).
Mas o que fez uma série espanhola causar tanto burburinho no Brasil? A temática, sem dúvidas, é um ponto forte. Séries policiais costumam agradar por se tratar de um formato familiar, independente da nacionalidade. No entanto, La Casa de Papel ousa, desafiando seu próprio formato ao contar também com boas doses de melodrama e ao trazer assuntos atuais para a narrativa. E essa ousadia é o grande acerto da produção.
Existem dois tipos de séries policiais: aquelas que fazem o público torcer para a polícia e aquelas em que, pelos mais variados motivos, a torcida vai para o ladrão. Neste caso, o público passa cada episódio em uma montanha-russa de sentimentos. Em questão de minutos, sua torcida pode mudar de lado. E, por mais que tenhamos o hábito de rejeitar o melodrama, essa série jamais seria como é se não fosse por esse recurso tão bem utilizado.
Sem as subtramas de cada personagem ou das relações questionáveis e aparentemente “forçadas”, não nos envolveríamos emocionalmente a ponto de sentirmos uma certa ansiedade no decorrer dos episódios, ou de termos que lidar com a sensação de não saber para quem torcer. Em La Casa de Papel não existem clássicos vilões ou clássicos mocinhos. Ambos erram e acertam, e você provavelmente vai se desesperar e passar nervoso a cada erro da polícia ou dos assaltantes, na mesma proporção em que vai vibrar por cada acerto de ambas as partes.
[Coluna] BBB 18: a polarização das redes sociais na tela da Rede Globo
Começou, no último dia 22, mais uma edição do Big Brother Brasil. Sim, é a 18ª temporada do “BBB”. São 18 anos de Big Brother Brasil na tela da TV, no meio do povo. Em 18 anos, muita coisa aconteceu. Teve casal, triângulo amoroso, barracos, traições, Bambam e a boneca Maria Eugênia, fofocas, mais barracos, e as preocupantes denúncias de pedofilia, assédio e agressões contra participantes mulheres. Nem Pedro Bial (ex-apresentador do programa) resistiu ao tempo, sendo substituído por Tiago Leifert em 2016.
Você já deu uma chance para as séries de língua não-inglesa?
Quando pensamos em assistir a um filme ou começar a acompanhar uma série, os títulos estadunidenses com certeza são os que vêm primeiro à cabeça. Mesmo que a maioria dos brasileiros prefira filmes dublados a legendados – segundo uma pesquisa feita pelo portal Filme B em 2015 –, o áudio de uma produção não é aquilo que mais condiciona os espectadores a escolherem o que ver. Na realidade, a questão da distribuição de filmes e séries determina que o cinema do Brasil tenha muito mais opções norte-americanas do que quaisquer outras – incluindo as nacionais. E essa é a maior causa da preferência da população por longas-metragens e seriados dos EUA.
Novelas temáticas: a nova tendência da TV aberta brasileira
O relatório OBITEL (Observatório Ibero-Americano da Ficção Televisiva) de 2016 – que corresponde à análise de dados das produções audiovisuais ficcionais da televisão dos países latino-americanos – apresentou um tópico que aborda a tendência da televisão aberta brasileira de se organizar em nichos temáticos, como já é o caso das novelas da RecordTV, SBT e Band. Essa tendência aproxima-se um pouco da dinâmica das séries de TV, que se apresentam em gêneros (policial, drama, ficção científica, etc.).