Tag: internet
Crítica: Modo Avião (Netflix)
[Coluna] BBB19: militância virou chacota e racismo ganhou palco
[Coluna] Precisamos falar sobre Hana e as masculinidades frágeis e tóxicas do BBB19
O Big Brother Brasil começou há menos de 20 dias e definitivamente não se fala em outra coisa na casa mais vigiada do país: Hana Khalil. Aliás, tanto dentro quanto fora da casa, todas as ações da participante viraram estopim para o início de debates sobre machismo, violências simbólicas e a importância do feminismo.
[Estreia] Tinta Bruta, grande vencedor do Festival do Rio, destaca-se pela extrema sensibilidade
[Coluna] BBB 18: A edição que tentou se reinventar e caiu nas graças da internet
começou, no final de janeiro, já chamando atenção pela seleção de participantes. Ficou claro que a produção escolheu a dedo perfis de pessoas que poderiam engajar a internet, colaborando para o aumento da audiência. Personagens que, pelo menos à primeira vista, representassem estereótipos de figuras da própria internet, como a influenciadora digital, a que filosofa sobre a vida, o hipster, o engraçadão que vira meme ou o que faz “textão”.
A Netflix não é muito diferente de uma grande produtora de filmes
Em 2013, quando a Netflix lançou sua primeira websérie original, House of Cards, diretamente na plataforma de streaming da empresa, o mundo mal fazia ideia da verdadeira revolução cultural que estava por vir. Desde então, a provedora de filmes e séries tornou-se uma poderosa produtora de conteúdo – tendo não somente obtido centenas de milhões de assinantes, como, principalmente, alcançado um lugar de prestígio na “nata” do cinema mundial.
Neste ano, por exemplo, o longa-metragem distribuído pela plataforma, Mudbound – Lágrimas sobre o Mississipi, conquistou quatro indicações ao Oscar: Melhor Atriz Coadjuvante (para Mary J. Blige), Roteiro Adaptado, Fotografia e Canção Original. Além de Mudbound, outros três filmes do streaming receberam indicações na mesma edição – Ícaro e Strong Island, ambos em Documentário em Longa-Metragem, e Heroin(e), em Curta-Metragem.
Mesmo que isso represente um divisor de águas no modo como a Netflix é vista pelo senso comum (o que confirmou ainda mais sua alta capacidade de produzir material de qualidade), a história de suas obras no Oscar não é de agora. Em edições anteriores, os originais What Happened, Miss Simone? e A 13ª Emenda foram indicados na categoria de documentário em longa-metragem (em 2016 e 2017, respectivamente). Também no ano passado, o curta-metragem Os Capacetes Brancos deu à empresa de streaming sua primeira vitória.
Para que um filme distribuído por uma mídia alternativa (que não seja o cinema) concorra aos prêmios Oscar, no entanto,
é preciso que, inicialmente, a produção seja lançada nas telonas