Autor: Vanessa Panerari
3 animações brasileiras que você não pode deixar de ver
Era o Hotel Cambridge e o (não) pertencimento
Era madrugada do feriado de 1º de maio quando o Edifício Wilton Paes de Almeida, no centro de São Paulo, desabou após um incêndio. O lugar estava ocupado por dezenas de famílias do movimento sem-teto que, desabrigadas, passaram a acampar em frente ao prédio, na praça do Largo do Paissandu, como forma de pressionar a prefeitura por moradia.
[Crítica] O Bosque: nova série francesa da Netflix é pouco autêntica, mas funciona
Em junho, a Netflix somou mais uma série francesa de investigação policial e suspense ao seu catálogo. Repetindo elementos de suas antecessoras A Louva-a-Deus e Glacé, O Bosque estreou como produção original da plataforma de streaming trazendo ao centro de sua narrativa desaparecimentos e crimes que acontecem num pequeno vilarejo do interior da França, onde todos se conhecem e estão, de certa forma, conectados por mistérios, mentiras e traições.
Mulheres Alteradas poderia ter sido, mas não foi
Mulheres Alteradas, comédia brasileira que estreou no último dia 5, começa sua projeção explicando o próprio título: mulheres alteradas não são “loucas”, são mulheres modificadas. Mulheres que mudam. Esse é um esclarecimento necessário, principalmente se considerarmos o contexto de comédias nacionais que constantemente apelam para títulos e narrativas sobre mulheres desequilibradas.
Samantha! é irônica e bem-humorada ao tratar da toxicidade do espetáculo brasileiro
Falar de comédia no Brasil é sempre uma tarefa difícil. Até pouco tempo atrás nós éramos o país que tocava a música da boquinha da garrafa, do grupo É o Tchan, em festas infantis com a maior naturalidade. Hoje, há quem reclame que o “politicamente correto” está “encaretando” o mundo e há quem já tenha entendido que, na verdade, ele exige que o humor seja o melhor de si mesmo, inteligente e combativo. Nesse cenário de mudanças nasce a terceira série brasileira original Netflix: Samantha!.
A Passagem do Cometa: o aborto no cinema fantástico de Juliana Rojas
É fevereiro de 1986, última vez em que o cometa Halley, que “visita” a Terra a cada 75 anos, pôde ser visto. Numa clínica clandestina de abortos, algumas mulheres estão reunidas.
A secretária Júlia (Mariza Junqueira) e Dra. Adelaide (Gilda Nomacce) estão trabalhando. Thais (Ivy Souza) chega discretamente para fazer um aborto, com sua amiga Manoela (Nana Yazbek) como acompanhante. Mais tarde, Jandira (Helena Albergaria) surge repentinamente precisando de ajuda por conta de um aborto caseiro que aparentemente deu errado.
Conheça o FIM, festival que propõe o fim da sub-representatividade feminina no cinema
[Coluna] Nada a Perder, para além das polêmicas de bilheteria
Nada a Perder – Contra Tudo. Por Todos, a primeira parte da cinebiografia autorizada de Edir Macedo (interpretado aqui por Petrônio Gontijo), fundador da Igreja Universal do Reino de Deus e dono da Record TV, acaba de chegar ao catálogo da Netflix para ser exibida em 190 países – três meses depois de entrar em cartaz.
[Estreia] 50 são os novos 30, comédia francesa dirigida e protagonizada por Valérie Lemercier
Aos 50 anos, Marie-Francine (Valérie Lemercier) vê sua vida mudar drasticamente quando é demitida do emprego que ama e abandonada pelo marido, que a troca por uma mulher mais jovem. Em pouco tempo, a protagonista de 50 são os novos 30 perde toda a estabilidade que havia alcançado ao longo da vida e precisa voltar a morar com os pais, aceitando suas regras como se fosse uma adolescente.
[Crítica] O Vazio do Domingo: uma representação brutalmente poética da maternidade
O lugar que a Netflix ocupa hoje no cinema mundial, como serviço de streaming, é uma discussão que abrange várias frentes e vai longe. Uma das características inegáveis da empresa, entretanto, é o fato de que ela tem atuado quase que como socorrista de projetos “em perigo”.