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Trilhas sonoras inesquecíveis: como a música agrega valor ao cinema desde sempre
Já nos anos seguintes, a sétima arte passou a explorar realidades nuas e cruas, desenvolvendo mais profundamente determinadas tramas e personagens; filmes de terror (como O Exorcista, de William Friedkin), e blockbusters (como Tubarão, de Steven Spielberg). Com o passar do tempo, a violência dramática foi tema recorrente em obras de grandes diretores, assim como o crescimento das produções adolescentes dos anos 80.
(Trecho do soviético O Encouraçado Potemkin (1925), um clássico do cinema mudo, dirigido por Serguei Eisenstein):
(Fonte: Theatro Municipal do Rio de Janeiro / YouTube)
O CGI (imagens geradas por computador) fora adotado (como em Jurassic Park, também de Spielberg); a década de 90 passou; os anos 2000 chegaram, e depois os 2010 – quando tudo se tornou passível de reprodução quase perfeita nas telas.
Desde seu surgimento, o cinema se reinventou progressivamente, sempre evoluindo, e explorando novos gêneros e diversas técnicas. Mas, algo que nunca deixou de ser utilizado por diretores do mundo todo em suas produções – mesmo que também tenha adquirido outros formatos ao longo do tempo – é a trilha sonora.
No cinema mudo, bandas ao vivo tinham a responsabilidade de criar os efeitos sonoros que davam ritmo aos filmes. Durante a Golden Age de Hollywood, no entanto, as performances e números musicais “a la Broadway” dependiam totalmente de composições gravadas em estúdio.
(Trailer original de A Noviça Rebelde (1965), um dos musicais mais famosos de todos os tempos, dirigido por Robert Wise):
(Fonte: 20th Century Fox / YouTube)
Pouco depois, com o lançamento de blockbusters da década de 70, a trilha sonora passou a contribuir para o abstracionismo dos sentimentos do espectador. Medo, êxtase, tensão, tristeza, alegria, paixão…todas essas emoções puderam ser provocadas por canções ou efeitos específicos – cujas técnicas são utilizadas ainda hoje.
PARA CITAR ALGUNS TÍTULOS
Em Tubarão (1975), por exemplo, as duas notas musicais que anunciam a chegada do peixe assassino são mundialmente conhecidas, e reproduzidas à exaustão. É simplesmente brilhante que o compositor John Williams tenha alcançado o feito de marcar um longa-metragem a partir de somente duas notas. Além desse filme, o já citado Jurassic Park (1993), a trilogia Star Wars, todos os filmes de Indiana Jones, E.T. – O Extraterrestre, os três primeiros Harry Potter e diversos outros clássicos também tiveram suas trilhas compostas por Williams.
(Tema de Tubarão, pela BBC Concert Orchestra):
(Fonte: BBC Radio 2 / YouTube)
Retornando à década de 70, Os Embalos de Sábado à Noite (1978), de John Badham, é uma das principais produções de trilha sonora inesquecível. Com a maior parte das músicas composta por integrantes da banda Bee Gees (Barry, Robin e Maurice Gibb), o filme é lembrado pela icônica cena em que John Travolta dança ao som de Stayin’ Alive.
Quanto aos filmes adolescentes oitentistas, era comum ouvir as trilhas de Clube dos Cinco (1985), Curtindo a Vida Adoidado