Autor: Vanessa Panerari
Com The Tale, Jennifer Fox revisita os próprios episódios de abuso infantil
Chico, uma distopia realista?
O ano é 2029. Durante os 13 anos seguintes ao golpe que provocou o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, o racismo foi institucionalizado no Brasil. Pressupõe-se que, mais cedo ou mais tarde, crianças pobres, negras e marginalizadas virão a cometer algum crime. Por isso, assim que nascem elas são marcadas com tornozeleiras de rastreamento que as acompanharão por toda a vida. Chico é uma dessas crianças. Negro, pobre, morador de favela.
A Casa das Flores reinventa o dramalhão mexicano na Netflix
Associar o México às suas novelas melodramáticas -e conservadoras- é quase que automático em nosso imaginário popular. Há anos estamos acostumados a pensar no país como expoente intocável do gênero que consagrou novelas como A Usurpadora e Maria do Bairro. Contudo, na última sexta-feira (10) a Netflix lançou um respiro às convenções do gênero: A Casa das Flores (La Casa de las Flores), série criada por Manolo Caro, chegou ao catálogo da plataforma com a enorme responsabilidade de trazer novos ares ao melodrama, sem perder os (jovens) fãs noveleiros.
[Estreia] Como Fotografei os Yanomami
Tentei: o ciclo da violência doméstica em 14 minutos
Atenção: este texto contém spoilers. Antes de seguir com a leitura, assista ao curta aqui.
Aos 34 anos e tomada pela coragem que reuniu ao longo de muito tempo, Glória (Patricia Saravy) decide, numa manhã que tinha tudo para ser como qualquer outra, se livrar de um ciclo que a oprime e fragiliza há mais de uma década e recuperar o seu direito de ser, de existir com dignidade.
O Nome da Morte e a banalidade do mal brasileira
O Nome da Morte, primeiro trabalho de Marco Pigossi no cinema, estreia hoje no circuito comercial. O filme, dirigido e co-roteirizado por Henrique Goldman, é livremente inspirado no livro homônimo do jornalista Klester Cavalcanti, que conta a história de Júlio Santana, um matador de aluguel confesso que diz ter matado 492 pessoas ao longo de mais de 20 anos.
Curtas-metragens latinos no festival Anima Mundi 2018
Depois de passar pelo Rio de Janeiro, a 26ª edição do Festival Anima Mundi acontece em São Paulo entre os dias 1 e 5 de agosto. A programação deste ano está distribuída entre o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), Caixa Belas Artes, Centro Cultural São Paulo (CCSP), CINUSP e Memorial da América Latina e conta com 576 produções, de 40 países diferentes – entre curtas, longas-metragens e exibições especiais.
Deus Salve o Rei termina em funk e celebra uma ótima jornada
O último capítulo de Deus Salve o Rei, que vai ao ar hoje à noite, coloca fim a um ambicioso projeto da Rede Globo. Inicialmente taxada de “Guerra dos Tronos tupiniquim”, a trama do autor Daniel Adjafre chamou atenção por trazer certo ar de seriedade à faixa das 19 horas, comumente destinada às comédias.
Alguma Coisa Assim: a toxicidade das incertezas constantes
Anos atrás, os diretores e roteiristas Esmir Filho e Mariana Bastos lançaram o curta-metragem Alguma Coisa Assim, que usava a noite da Rua Augusta, em São Paulo, como pano de fundo para desenvolver a relação e as descobertas pessoais de dois jovens amigos. Na época, os 15 minutos de filme focaram nas inquietações de Caio (André Antunes) em relação a sua sexualidade e nas reações de Mari (Caroline Abras) perante as incertezas do amigo.