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Café com Canela: a ausência de diretoras negras no cinema nacional e a militância de um filme afetivo
Em 1984, a diretora Adélia Sampaio lançava Amor Maldito, filme que seria reconhecido – e prestigiado -, hoje, como o primeiro longa-metragem de ficção dirigido por uma mulher negra no Brasil a estrear comercialmente. Desde então, 34 anos se passaram até que o segundo longa brasileiro de ficção dirigido por mulher negra chegasse às salas de exibição. Co-dirigido por Ary Rosa e Glenda Nicácio, Café com Canela estreou, em agosto, carregando consigo esse título importante e complexo: ao mesmo tempo em que é digno de comemoração, também revela o pior do nosso cinema nacional excludente.
Manual para incentivar o cinema nacional
Era noite de domingo (2/9) quando o Museu Nacional, localizado na Quinta da Boa Vista, Rio de Janeiro, pegou fogo. Um incêndio que transformou em cinzas milhões de itens do acervo. Registros dos mais diversos sobre nossa história e ancestralidade. São prejuízos culturais e científicos imensuráveis, irreparáveis e desoladores.
XXY: intersexualidade no cinema argentino
Alex (Inés Efron) nasceu com características sexuais femininas e masculinas. Tentando poupar a filha dos preconceitos de terceiros e de médicos que queriam “corrigir” a genital da criança, Kraken (Ricardo Darín) e Suli (Valeria Bertuccelli) se mudaram da Argentina para uma pequena vila no Uruguai. Anos mais tarde, a família recebe a visita de um casal de amigos e de seu filho Álvaro (Martín Piroyansky). É então que Alex, agora com 15 anos, e o jovem visitante começam sua própria jornada de descobertas sobre identidade de gênero e orientação sexual.
Ameaçados, de Julia Mariano, aborda violações dos direitos humanos no Pará
Em 2014, a diretora Julia Mariano estreou Ameaçados, curta-metragem documental que aborda violações de direitos humanos no campo e trata da questão da terra como espaço de disputa entre camponeses menos favorecidos socialmente e abandonados pelo Estado e o poder de pecuaristas, mineradoras e madeireiras.
[Estreia] Histórias que o nosso cinema (não) contava
Nesta quinta (23), estreia Histórias Que O Nosso Cinema (Não) Contava, primeiro longa-metragem da diretora Fernanda Pessoa. O documentário faz uma releitura histórica da década de 70 a partir de fragmentos das famosas pornochanchadas (filmes de baixo orçamento que misturavam humor e erotismo), gênero cinematográfico nacional mais produzido e assistido na época, e hoje um dos mais rechaçados do cinema brasileiro.
Com The Tale, Jennifer Fox revisita os próprios episódios de abuso infantil
Tentei: o ciclo da violência doméstica em 14 minutos
Atenção: este texto contém spoilers. Antes de seguir com a leitura, assista ao curta aqui.
Aos 34 anos e tomada pela coragem que reuniu ao longo de muito tempo, Glória (Patricia Saravy) decide, numa manhã que tinha tudo para ser como qualquer outra, se livrar de um ciclo que a oprime e fragiliza há mais de uma década e recuperar o seu direito de ser, de existir com dignidade.
De Tanto Olhar o Céu Gastei Meus Olhos
A Passagem do Cometa: o aborto no cinema fantástico de Juliana Rojas
É fevereiro de 1986, última vez em que o cometa Halley, que “visita” a Terra a cada 75 anos, pôde ser visto. Numa clínica clandestina de abortos, algumas mulheres estão reunidas.
A secretária Júlia (Mariza Junqueira) e Dra. Adelaide (Gilda Nomacce) estão trabalhando. Thais (Ivy Souza) chega discretamente para fazer um aborto, com sua amiga Manoela (Nana Yazbek) como acompanhante. Mais tarde, Jandira (Helena Albergaria) surge repentinamente precisando de ajuda por conta de um aborto caseiro que aparentemente deu errado.