Um curta-metragem pode servir de porta de entrada para muitos diretores no difícil mundo do cinema. Através dele, é possível treinarmos identidades narrativa e estética, com um orçamento muito menor do que um grande longa exigiria. Mas, isso não significa que curtas sejam “treinamentos” de qualidade duvidosa. Apesar da menor duração, eles podem ser filmes tão bons quanto os longas, e até melhores do que muito filme de duas horas que existe por aí.
A maioria de nós está habituada a assistir aos curtas de animação, aqueles que são exibidos no cinema antes de animações dos grandes estúdios (como a Pixar). Mas, você já pensou em assistir a um curta-metragem nacional? Sabemos que, a princípio, pode parecer difícil ter acesso a eles. Por isso, fizemos uma lista com três curtas disponíveis no site Porta Curtas. O site é patrocinado pelo canal Curta! e conta com o apoio do Ministério da Cultura. Nele, você pode encontrar diversos curtas nacionais (de animação ou não) disponíveis gratuitamente. Confira as nossas indicações:
QUEM MATOU ELOÁ?
Neste documentário de 24 minutos, a diretora Lívia Perez consegue executar um excelente debate sobre espetacularização da mídia em casos de violência contra a mulher. Partindo do caso Eloá – a jovem de 15 anos que, em 2009, foi mantida refém e depois morta pelo ex-namorado Lindemberg Alves, enquanto tudo era amplamente televisionado –, o filme faz uma análise crítica sobre as consequências da abordagem e do envolvimento da televisão em casos como esse. Assista aqui.
A MÃO QUE AFAGA
Em A Mão que Afaga, curta de ficção da diretora Gabriela Amaral Almeida, a atriz Luciana Paes dá vida a Estela, uma operadora de telemarketing que, além de lidar com desaforos no trabalho, precisa dar conta de uma festa de aniversário para seu filho de 9 anos. Apesar dos esforços, nada parece dar muito certo na vida da protagonista. Assista aqui.
ELETRODOMÉSTICA
No curta Eletrodoméstica, Kleber Mendonça Filho (Aquarius) aborda, através da protagonista, uma mãe de classe média do Recife, as relações cotidianas com a família, e sua dependência inconsciente às tecnologias dos anos 90. Assista aqui.
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