5 filmes dirigidos por mulheres para ver no 14º Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo

Acontece entre os dias 24 e 31 de julho o 14ª Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo. Neste ano, a programação do festival é composta por pouco mais de 100 filmes, entre títulos brasileiros e de outros diversos países latinos, que estão distribuídos pelas mostras Contemporâneos, Foco Chile, Homenagens (Claudia Priscilla, Léa Garcia, Patricio Contreras, Tata Amaral, Cristiano Burlan e Jean-Claude Bernardet  são os homenageados da vez), DOCTV Latinoamérica e Mostra Escolas de Cinema CIBA-CILECT.

Desde 2006, o evento  promove o intercâmbio da diversidade cultural latino-americana através do audiovisual.  São filmes de ficção e documentários, longas curta-metragens, muitos inéditos e outros emblemáticos para o nosso cinema. Produções que raramente chegam ao circuito comercial brasileiro, mas que durante alguns dias ficam disponíveis ao público de São Paulo capital e Campinas. 

Na capital, Cinesesc, Memorial da América Latina, SPCINE Olido , SPCINE CCSP e Biblioteca Mário de Andrade abrigam as exibições. Em Campinas, elas acontecem no Instituto CPFL.  Já os filmes da homenagem a Cristiano Burlan estarão disponíveis gratuitamente no site da Spcine Play e, portanto, poderão ser vistos de qualquer lugar do Brasil. Além dos filmes, o festival oferece oficinas e mesas de debate.

Separamos cinco filmes dirigidos por mulheres para te ajudar a escolher o que assistir. Acompanhe: 

BIXA TRAVESTI

‘Bixa Travesti’ / Divulgação

Sinopse: Linn da Quebrada, “bixa, louca, preta, favelada”, está pronta para desconstruir preconceitos e transgredir normas, utilizando sua música como arma contra o machismo e o conservadorismo da nossa sociedade. O corpo político da cantora é a força motriz desse documentário que revela a personagem em sua esfera pública e privada, marcadas não só por sua presença de palco, mas também por sua incessante luta pela desconstrução de estereótipos de gênero, classe e raça.

Dirigido por Claudia Priscilla e Kiko Goifman, Bixa Travesti foi eleito melhor documentário em 2018 pelo Teddy Awards, prêmio dedicado a filmes de temática LGBTQ+ exibidos na programação do Festival de Berlim.

PLATAMAMA

‘Platamama’ / Divulgação

Sinopse: Uma família de bolivianos deixa para trás seu país, sua cultura e tradições, distancia-se da Pachamama, em busca do deus que está nas grandes cidades, o Platamama. O documentário acompanha esta família de imigrantes em São Paulo que trabalha costurando roupas, vivendo uma vida vinculada ao trabalho, sob uma condição de suspensão: não estão em sua terra de origem e também não estão em terra nenhuma, enquanto o sonho e o consumo são os únicos meios de escape possíveis da realidade.

O documentário Platamama é dirigido por Alice Riff, mesma diretora de Eleições.

OS AVENTUREIROS

‘Os Aventureiros’ / Divulgação

Sinopse: Manu é entregador de jornais em La Chacarita. No dia de seu aniversário, ganha do avô um livro que mostra um mapa do lugar onde foi escondido um tesouro de prata Yvyguy. Junto com seu amigo Fito, encontra o local onde o tesouro deveria estar enterrado. É um casarão onde mora um embaixador. Tudo se complica quando o embaixador decide organizar uma grande festa. Manu percebe que tem pouco tempo para encontrar o tesouro. Lembra-se então que o avô sempre dizia: “Os caçadores de tesouro precisam estar preparados; o obstáculo mais difícil nem sempre é o último”.

O paraguaio Os Aventureiros conta com direção de Juan Carlos Maneglia e Tana Schembori.

O PACTO DE ADRIANA

‘O Pacto de Adriana’ / Divulgação

Sinopse: Desde pequena tive um ídolo: minha tia Adriana. Em 2007 ela foi levada presa e fiquei sabendo que durante toda a sua juventude havia trabalhado na Dina, polícia secreta do ditador Pinochet. Algum tempo depois, já durante a democracia, fugiu do país enquanto enfrentava um processo judicial pelo assassinato de um importante dirigente comunista. Atualmente minha tia vive um pesadelo. Não percebi o quanto me envolvi em seu terrível passado e agora sou parte de seu delirante presente. Tenho acesso privilegiado aos arquivos de vítimas da ditadura e estou disposta a chegar às últimas consequências para conhecer a verdade e saber quem realmente é Adriana.

Vencedor do prêmio do júri da 41ª Mostra de Cinema de São Paulo, o documentário é dirigido pela chilena Lissette Orozco.

TERRA ALHEIA

‘Terra Alheia’ / Divulgação

Sinopse: Em uma cidade governada por um regime autoritário, a propaganda propaga a extinção da natureza. Sam trabalha no Centro Nacional de Comunicação. Sua chefa a encarrega de realizar um especial sobre o Ministério da Alimentação. Enquanto pesquisa para a reportagem se questiona sobre as intenções do regime e suas responsabilidades como comunicadora.

O filme costa-riquenho tem 14 minutos de duração e é dirigido por Valeria Brenes. 

*Confira a programação completa do 14º Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo no site oficial do evento.

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